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Apresentação

       A discussão sobre pensamento de(s)colonial foi inserida no IFBA campus Eunápolis no ano letivo de 2015 a partir da elaboração de um projeto de ensino destinado às turmas de 3º ano do curso técnico Integrado em Informática, sob orientação da professora Flaviane Nascimento e do professor Lincoln Cunha. Autores como Frantz Fanon, Achille Mbembe e V. Y. Mudimbe fizeram parte do repertório teórico de leitura de nossos alunos.

        Em 2017, a necessidade de ampliar o debate sobre a descentralização epistemológica nos mais diversos campos do saber propiciou a adesão de outras(os) docentes, o que ajudou não só no fortalecimento do projeto, como também em sua transformação: de atividade de ensino a evento acadêmico. Conseguimos! Surgia, ali, o AYA – I Seminário de descolonialidades: Conhecimento de África e da Diáspora.

    O adinkra AYA inspirou nossa ação e luta rumo a uma educação para a de(s)colonização das mentes. As sementes que nos ofereceram o Aya propõem um devir de justiça social, igualdade e respeito às diferenças. Por esse motivo, o nosso I Seminário configurou-se como um espaço de discussão e análise de temas relacionados à descolonização dos saberes, ou descolonização das mentes, bem como do processo histórico-filosófico da descolonização em países africanos na segunda metade do século XX.  Partindo de investigações sobre as investidas europeias na África em meados do século XIX, considerando a dominação territorial e epistemológica desenvolvida pelo ocidente, propomos uma investigar sobre o conceito de epistemicídio e suas consequências para as sociedades africanas e afro-diaspóricas. Discutimos, então, filosofia, história e literatura africana e afro-brasileira.

      Agora, em 2018, um novo passo foi dado: a criação do Grupo de Pesquisa Baobá: grupo de estudos em ancestralidade e pensamento de(s)colonial, cujo objetivo é conhecer outros sistemas de pensamento, discutindo e desenvolvendo estudos acerca do racismo epistêmico, discriminação étnico-racial, reconhecimento e validação dos saberes não-ocidentais - negro-africanos, afrobrasileiros e indígenas, nas áreas de História, Geografia, Educação, Linguagens, Filosofia e Educação Musical.

    Para inaugurar as atividades do Grupo Baobá, realizaremos o AYA – II Seminário de Descolonialidades, discutindo o tema “Ancestralidade e lugar de fala: outras geografias de olhares e saberes”. Rodas de conversa, Conferências, apresentação de trabalhos (Comunicação Oral e pôster) e apresentações culturais são algumas das atividades que farão parte da programação.

          Convidamos toda comunidade acadêmica – IFBA e demais instituições de ensino da região – a participarem deste evento. Em tempos de cortes orçamentários destinados à pesquisa e ao ensino no país, permanecer na resistência é uma postura indispensável!

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