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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

(Todos os Simpósios Temáticos ocorrerão na terça-feira dia 27 as 14h)

                1. Arte, percepções estéticas e de(s)colonialidades

Coordenadores:

Prof. Me. Luan Sodré de Souza (UEFS)

Profa. Ma. Verônica de Souza Santos (IFBA, campus Porto Seguro)

      A arte em suas diversas maneiras de conectar os seres humanos, seja por meio do fazer artístico, do apreciar, do conviver, dentre outras formas, apresenta-se como mais uma lente para enxergar o mundo. Para além do ver literal, um enxergar artístico, um ouvir artístico, um sentir artístico, um movimentar artístico, um viver artístico. Considerando que sempre ouvimos de algum lugar, olhamos a partir de algum lugar, nos movimentamos em e ou para algum lugar, bem como sentimos e fazemos arte a partir de um lugar muito particular, nos instiga a pensar de onde, para onde e como construímos e usamos nossas lentes artísticas para enxergar o mundo. Pensar as artes e suas significações enquanto um caminho para descolonizar os saberes é fomentar a discussão do diverso. Seja musical, plástica, audiovisual, literária, narrativas orais e escritas, grafismo ou de qualquer outro segmento, a arte nos possibilita experiências, reflexões e expectativas de descolonização do sensorial e das sensibilidades. Nesse sentido, as expressões originárias, ancestrais, diaspóricas e interculturais das artes ou de práticas análogas a ela promovem uma estética da descolonialidade, no sentido de pensar a partir do historicamente subalternizado, de dialogar com a modernidade imposta e fazer um giro descolonial propondo alternativas não hegemônicas e localizadas para o viver artístico.Neste simpósio serão acolhidos trabalhos que abordam as mais diversas expressões artísticas, representações estéticas e culturas análogas, visando a descolonização dos sentidos, bem como a visibilização dos sujeitos historicamente subalternizados.

              2. Gênero, subalternidades e relações poder

Coordenadores:

Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Fernandes (IFBA, campus Porto Seguro)

Profa. Ma. Delliana Richelle Ribeiro (UESC)

     As reflexões sobre corpo, sexualidade e identidade no mundo ocidental foram marcadas pela emergência das ciências modernas, as quais desconsideraram ou ocultaram outros modos de ser, outras formas de viver e de experimentar o corpo e a sexualidade, promovendo socialmente, a partir de concepções eurocêntricas, saberes, práticas e identidades hegemônicas e, portanto, excludentes. Esse discurso de poder normatizou, regulou e instaurou saberes tidos por universais que mobilizaram uma política de identidade e de subalternidade, sobretudo no mundo colonial.
Nesse sentido, discutir corpo, gênero e sexualidade na perspectiva de(s)colonial tem por objetivo desvelar a multiplicidade das experiências sob o julgo colonial, mas também anterior a ele.  Nossa pretensão é, pois, abordar os comportamentos e as performances identitárias numa perspectiva multifacetada, interseccional, em cujas experiências se justapõem subalternização e resistência.
Os trabalhos acolhidos neste simpósio temático devem propor reflexões políticas, acadêmicas e existenciais sobre as diversidades de corpos – o corpo negro, indígena, LGBT+ –, e identidades de gênero, bem como os debates promovidos pelo feminismo negro e pelo feminismo interseccional no que diz respeito às diferenças, à diversidade e às opressões.

​                3. Pensamento de(s)colonial, afrocentricidade e racismo epistêmico

Coordenadores:

Prof. Me. Celso de Jesus Silva (UNEB, campus Teixeira de Freitas)

Edenildo Lopes Sant'ana (Liderança Pataxó)

Profa. Dra. Mayara Pláscido Silva (IFBA, campus Euclides da Cunha)

     Admitir e conhecer sistemas de pensamento não-eurocentrados requer discutir e desenvolver estudos acerca do racismo epistêmico ou epistemicídio, uma das dimensões mais perniciosas da discriminação étnico-racial, na medida em que recusa o reconhecimento de que outras formas de e de produção do conhecimento são válidas. Os estudos de(s)coloniais pretendem a desnaturalização do conhecimento tido por universal, reconhecendo que o processo de construção dos saberes e das ciências no Ocidente se deu a partir de um discurso de poder do homem branco pretensamente. Conhecer a história, a filosofia e os saberes de África, de sua diáspora e dos povos ameríndios é parte do processo de responder à desvalorização e/ou ocultamento da condição de sujeitos do conhecimento.
      Nesse simpósio, serão acolhidos os debates acerca da filosofia e da história dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas, concebidos numa perspectiva pluriepistemológica - seja da afrocentricidade quanto o perspectivismo ameríndio -, do combate ao racismo epistêmico, à discriminação étnico-racial e do reconhecimento e validação dos saberes não-ocidentais.

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